Resumo: na BRDD#89 você vai encontrar uma análise sobre inteligência e consciência, conceitos fundamentais para compreender a inteligência artificial. O texto explora como a IA, baseada em aprendizado de máquina e redes neurais, executa tarefas humanas e aprende continuamente. Apesar de seu avanço, ela ainda não alcança autonomia ou consciência, mas seu potencial de expansão e sofisticação é impressionante.
O que é a série brandtech?
Tenho ficado bem intrigado com as novas tecnologias que estão surgindo, em especial, com a inteligência artificial (aliás, nós a temos usado na agência e, inclusive, para desenvolver novos produtos como o A.S.K) e com sua capacidade de gerar revoluções impensadas até o final do século passado, ou melhor, revoluções que só seriam encontradas na ficção científica.
A inteligência artificial não é somente uma nova tecnologia, ela realmente é uma forma de empresas e negócios transformarem suas atividades, alcançarem maior produtividade, aumentando sua escala, diminuindo custos e inovando com rapidez e qualidade.
Sendo assim, resolvi investigar um pouco mais a fundo o assunto, para relacioná-lo com o branding e entender suas aplicações e possibilidades.
Espero que gostem dessa nova série, que não tem prazo para acabar. Ela durará enquanto os assuntos perdurarem.
Sejam bem vindos e bem vindas!
As perguntas básicas
Não seria possível avançarmos sobre a compreensão do que é a inteligência artificial, sem antes nos fazermos algumas perguntas básicas e difíceis:
O que é inteligência?
O que é consciência?
Os termos expostos assim e que requerem nossa atenção são complexos e a filosofia e outras áreas do conhecimento vêm se debatendo faz muitos séculos para entendê-los. Então, sinto dizer, não será neste conteúdo que o elucidaremos, mas vamos tentar jogar alguma luz. Sobre inteligência: (...) “a inteligência é a habilidade de realizar metas complexas” (Tegmark apud Santaella, 2023, p 87), ou (...) “a inteligência mede a habilidade de um agente de atingir metas em uma ampla gama de ambientes” (Legg e Hutter apud Santaella, 2023, p 87).
Você é capaz de estabelecer metas e sabe como atingi-las? Se a resposta foi sim, então você é inteligente segundo os dois conceitos acima (eu às vezes tenho dúvida sobre nossa inteligência).
E máquinas poderiam ser inteligentes segundo esse conceito? Sim, poderiam. Se não pensarmos a inteligência como uma competência exclusivamente humana, é possível sim estendê-la para outros organismos vivos ou não-vivos.
Consciência já é outro ponto que mereceria um doutorado, para que conseguíssemos avançar sobre ele, mas vejamos o que é possível discutir aqui. Greco (2006) afirma que esse tema passou pelas discussões de Platão, Descartes, Dennet, Chalmers, Russel, Penrose, Edelman, Crick e Koch, Damásio. Tais pesquisadores trabalharam ou trabalham a questão da consciência da perspectiva da filosofia, da física, da neurobiologia, da medicina e de várias outras áreas.
Ou seja, é um assunto que parece tangenciar muitas áreas de conhecimento e influenciar muitas pesquisas.
A conclusão é que não há unanimidade sobre esse fenômeno, que é emergente, complexo e característico dos seres vivos, não parecendo ser expansível para organismos cibernéticos. A consciência não se confunde com estar consciente, apesar de englobá-la. Complexo, eu sei!
Inteligência Artificial
A IA é uma ramificação da ciência da computação que visa criar sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Isso inclui raciocínio, aprendizado, percepção visual e compreensão da linguagem. Ao contrário da automação tradicional, a IA não apenas segue instruções explícitas; ela aprende e adapta seu comportamento com base em dados e experiências anteriores. (Borneli, p.3)
Quer dizer, a inteligência artificial é um conceito grande, que envolve diversas abordagens que, basicamente, demonstram a capacidade de máquinas de aprenderem e se adaptarem a partir de seus próprios recursos ou outros alocados para sua melhor performance. Um ponto interessante é que há múltiplas inteligências e não apenas uma, portanto, há diversos tipos de inteligências especializadas, capazes de realizar atividades, que simulam competências humanas como calcular, desenhar, escrever etc.
Com a palavra, a inteligência artificial
Quando perguntei ao ChatGPT o que é inteligência artificial e se ele é uma a resposta que obtive foi:
Sim, eu sou uma inteligência artificial (IA). Vou te explicar o que isso significa:
Inteligência artificial é o ramo da ciência da computação que busca criar sistemas ou máquinas capazes de executar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Isso inclui atividades como reconhecer padrões, aprender com dados, tomar decisões, resolver problemas e até mesmo conversar, como estamos fazendo agora.
E o Meta AI me respondeu da seguinte forma:
Sim, eu sou uma inteligência artificial (IA). A inteligência artificial é uma área da ciência da computação que visa criar sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana (...).
As inteligências acima deram respostas muito parecidas, ou seriam cópias bem similares...
O Meta AI ainda complementa a afirmação com as seguintes características relacionadas à inteligência artificial:
Aprendizado de máquina: capacidade de aprender com dados.
Processamento de linguagem natural: compreensão e geração de texto.
Raciocínio e lógica: tomada de decisões baseadas em regras.
Visão computacional: interpretação de imagens.
Reconhecimento de padrões.
As duas IAs citadas anteriormente se baseiam no Deep Learning, que é uma técnica derivada do Machine Learning. Ou seja, nessa técnica a máquina aprende a partir de grandes volumes de dados e por meio de redes neurais profundas (são sistemas que simulam as redes neurais humanas) por meio de camadas. Nesse tipo de técnica o aprendizado é contínuo e absorve o erro para se corrigir posteriormente, não atoa o ChatGPT e o Meta AI possuem seus próprios sistemas de feedback para as respostas dadas.
O Machine Learning, por sua vez, é o preparo da máquina para que aprenda por si mesma, a partir de algoritmos desenhados para isso. Por exemplo, sites como Amazon que oferece indicações de produtos usam esse tipo de aprendizado.
Conclusão não muito inteligente
A inteligência artificial, apesar de avançar rapidamente, ainda não é uma inteligência autônoma e muito menos consciente e nem saberemos se chegará lá algum dia. Atualmente, ela tem funções ainda limitidas, mas com alto potencial de expansão e sofisticação.
Será interessante acompanhar até onde chegaremos.