BRDD#91, brandtech -> desafios de consistência para o branding
Branding Dinâmico, #91 ano 04, volume 03.
Resumo: na BRDD#91 você vai encontrar reflexões sobre como a inteligência artificial e outras tecnologias vão impactar a sua marca. A IA multimodal é uma alternativa interessante para atender seu cliente em todos os touchopoints.
CONSISTÊNCIA EM ECOSSISTEMAS FRAGMENTADOS
Já se deu conta da quantidade de plataformas ou touchpoints nos quais sua marca está presente ou pior, ela deveria estar. Vou listar alguns abaixo:
Os 30 touchpoints que levantei para essa news são apenas alguns dos muitos que uma marca pode ter. O ideal mesmo é fazer um inventário para sua marca, entre onde ela está no momento, onde não precisaria estar e onde deveria estar.
O mapeamento dos touchpoints também ajuda a identificar a jornada do cliente, o que por sua vez permite definir a a função estratégica de cada um e em cada momento de interação. Por exemplo, alguns touchpoints são apenas informativos (um e-mail marketing), outros são usados para construir relacionamento (contato ativo pós-venda), outros para conversão (ads nas mídias digitais) e assim por diante.
Essa compreensão contribui com a construção de estratégias mais assertivas, que se forem alinhadas ao funil de marketing, elas serão ainda mais eficientes, pois impactarão de maneira ideal seu cliente.
A questão que se apresenta é: ao utilizar uma IA para gerir diversos touchpoints, como seria possível manter a coerência do seu tom de voz?
Treinando sua IA
1º passo: defina o Brand Personality Chart;
2º passo: defina o Brand Voice Chart;
3º passo: defina o Brand Messing Guide.
Os três passos acima fornecerão subsídios para a IA entender quem é a marca e suas são suas características principais. O objetivo é a assimilar a estrutura lógica da marca a partir de seu tom de voz.
4º passo: histórico de conteúdo;
5º passo: roteiros de atendimento e interação;
6º passo: histórico de estratégias.
Quanto mais detalhes e subsídios a IA receber sobre quem é a marca, o que ela fez e como atende seus consumidores, mais ela será capaz de assimilar o tom de voz, mantendo a coerência nos diferentes touchpoints.
7º passo: categorização dos conteúdos (separe conteúdos de vendas, relacionamento, institucional, propaganda entre outros)
Quanto mais específico for o treinamento, mais fácil será para a IA interagir como se fosse a marca.
8º passo: treinar, ajustar e treinar.
Assim como um bom atleta, a IA também precisa ser treinada, corrigida e avaliada. Compartilhe o ambiente de teste com pessoas que vivenciam a marca (os guardiões) e peça que treinem a IA, realizando os mais diferentes tipos de perguntas.
Para que tenham uma ideia, eu estou contribuindo com o treinamento de uma IA, que oferece serviços de atendimento e automação, e uma das minhas perguntas foi: simule seu tom de voz como se fosse um baiano, e depois como se fosse um carioca. O objetivo era entender se a IA conseguia ajustar seu tom de voz, reorganizando algumas expressões regionais.
9º passo: implemente de maneira controlada.
A implementação em ambientes mais fáceis de monitoramento, como atendimento via whatsapp ou em algum outro mensageiro é interessante, porque ajuda a entender se a IA está, de fato, sendo capaz de esclarecer as dúvidas de seus clientes e, também, adequar o tom de voz em relação ao que a marca é.