NOVIDADE - toda primeira e última sexta-feira do mês sairá a newsletter BRDD_Clássicos do MKT. A primeira é dedicada ao Theodore Levitt e a segunda será sobre o conceito de Ciclo de Vida do Produto criado por ele.
Anote na agenda
06/01/23 BRDD_Clássicos do MKT: Theodore Levitt
27/01/23 BRDD_Clássicos do MKT: Ciclo de Vida do Produto
THEODORE LEVITT
Ciclo de Vida do Produto ou CVP é um conceito desenvolvido pelo economista Theodore Levitt, alemão radicado nos Estados Unidos, que fez carreira na renomada Harvard Business School, como professor na área de Marketing.
PARA CONHECER MAIS - você pode conhecer mais sobre a biografia desse renomado Professor de Harvard, acessando o seguinte link para o artigo – “Professor Theodore Levitt, legendary marketing scholar and former Harvard Business Review editor, dead at 81”.
Levitt, foi o autor do mais que conhecido conceito de “Miopia de Marketing”, que em um artigo de 1960 na HBS demonstrava como organizações estavam se tornando míopes em relação ao que, realmente, ofereciam ao mercado. Um exemplo – McDonalds não oferece fast food, ele oferece alegria. Essa mudança de visão é uma mudança estratégica, que impacta toda a organização e sua orientação operacional.
No artigo, Levitt, dá vários exemplos pertinentes à época (1960 o processo de industrialização caminhava fortemente, a indústria de carro já se mostrava bastante forte e as petrolíferas estavam caminhando para o seu auge) e faz críticas sobre a inatividade das organizações na busca de inovações, melhores produtos, por considerarem que somente o crescimento populacional era suficiente para trazer saudabilidade financeiras às suas atividades.
Nesse mesmo artigo também tratou da “obsolescência”, ou seja, da necessidade de atenção que as organizações deveriam ter, em relação ao tempo de vida de seus produtos, em função da substituição por outros mais eficientes, ou mesmo, por matérias-primas diferenciadas, como no caso do serviço de lavagem à seco, que foi impactado pela descoberta de diferentes tecidos.
Lavagem a seco - Foi outrora um setor de rápida expansão que oferecia as mais animadoras perspectivas. Numa época em que se usava muita roupa de lã, imagine o que foi a possibilidade de, afinal, lavá-la com segurança e facilidade. Foi um verdadeiro "estouro". No entanto, passados trinta anos desse "estouro", a indústria da lavagem a seco se encontra em dificuldade. De onde veio a concorrência? De um método de lavagem melhor? Não. Veio das fibras sintéticas e dos aditivos químicos, que fizeram diminuir a necessidade de se recorrer à lavagem a seco (LEVITT, 1960, pg. 4).
É possível notar como Levitt vai além da ideia de concorrência direta. A perspectiva dele era muito mais ampla, entendia que as ameaças à organização e seus produtos poderiam surgir de diferentes ambientes. Quer dizer, o concorrente neste caso não era um outro serviço de lavandaria, mas sim a mudança da matéria-prima que tornava a lavagem a seco dispensável.
Além disso, também, tratou precocemente do tema globalização, quando ainda não era discutido academicamente, especialmente, sob o viés do Marketing.
Quase um quarto de século depois, Levitt criou uma controvérsia, ainda em debate na comunidade empresarial mundial, com seu artigo de 1983 na HBR “The Globalization of Markets”. Além de popularizar a palavra “globalização”, ele afirmava que as novas tecnologias haviam “proletarizado” a comunicação, o transporte e as viagens, criando uma nova realidade comercial – o surgimento de mercados globais para produtos de consumo padronizados a preços mais baixos, graças a economias de escala – uma avalanche de mudanças ficou especialmente evidente em empresas como Coca-Cola, Kellogg's e McDonald's. Ele insistiu que o futuro não pertencia à corporação multinacional, mas à “corporação global” que não atendesse às diferenças locais de gosto. (Fonte: Professor Theodore Levitt legendary marketing scholar)
Na citação acima, Levitt, explora a ideia da produção em larga escala, com impacto global, ou seja, atingindo diferentes mercados, no entanto, sem que as organizações levem em consideração os gostos locais, já que a escala se perderia se adequações regionais fossem necessárias.
PARA CONHECER MAIS - conheça o famoso artigo original do Theodore Levitt “Marketing Myopia” – em sua versão em inglês. Já sua versão em português pode ser encontrada em um link da UFGS – “Miopia de Marketing”.
Se você gostou do conteúdo, então se inscreva para recebê-lo com regularidade no seu e-mail.